Pelo direito de vestir o que eu quiser

Segunda-feira acordei com vontade de usar essa saia mídi. Saia colocada, look pronto. Troquei de roupa.
Por quê? Fiquei pensando que as-pessoas-vão-pensar-que-essa-saia-é-esquisita. Entenderam a lógica? Eu me vesti, gostei do que eu estava vestindo e mesmo assim, relutei em sair com uma certa peça de roupa só porque alguém poderia me achar estranha. Liguei o dane-se e fui ser feliz com a minha saia. Dane-se para quem me achasse estranha, achasse a saia estranha, dane-se alguém fizesse piadinha.

Pensar sobre a opinião dos outros me fez pensar em outra coisa: para quem nós realmente nos vestimos? Para gente ou para os outros verem? Eu não posso dizer que sou totalmente protegida contra a crítica alheia. No ensino fundamental, vivi com meninas que julgavam tudo e todos. E isso me fez ser retraída durante um bom tempo. Eu falava, me vestia e fazia coisas que elas iriam gostar.

Não vou bancar a hipócrita e dizer que eu não julgo ninguém. Eu julgo, é claro. Todo mundo faz isso. Mas isso é realmente saudável para você? Me peguei pensando nisso também e vou tentar usar isso no meu cotidiano. Tentar julgar menos. Seja o que for.

Pensando nisso, pensei em outra coisa. Uma frase que ouvi em alguma aula de Filosofia:

“Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.”
(Voltaire)

*Saí e ninguém riu da minha roupa, veja só.

e uma língua para quem riu mentalmente

• Camiseta C&A R$ 29,90;

• Saia do brechó Nossa Senhora da Conceição, R$ 3,00;

• Sapatilha Sapatella, tão velha que não lembro o preço;

• Cinto marrom que catei do meu pai;

• Bolsa C&A R$ 79,90;

• Óculos do Toninho dos Óculos (Saara), R$ 8,50.

Enfim, pensei em mil coisas. Espero que vocês pensem nisso também. 

;)

beijos, Ju